«A robot may not injure a human being or, through inaction, allow a human being to come to harm.»
«A robot must obey orders given it by human beings except where such orders would conflict with the First Law.»
«A robot must protect its own existence as long as such protection does not conflict with the First or Second Law.»
Isaac Asimov, 1942: Three Laws of Robotics
Optimus - Gen 2, by Tesla
Após a visualização dos mais recentes avanços no campo da robótica alcançados pela Tesla (conforme vídeo acima), não conseguimos ficar indiferentes em relação às possíveis ramificações futuras que a tecnologia neste campo, agora, permite antever. Não deixamos também de ficar tristes por saber que Isaac Asimov não chegou a poder assistir à implementação prática daquela que foi a componente principal dentro do seu campo de trabalho artístico na literatura de FC: os robots humanóides que convivem, na "existência" do dia-a-dia, com os humanos. Asimov interessou-me, muito em particular, por explorar as implicações morais (e as fissuras) que a elaboração necessária de regras para "convívio próximo" entre estes dois mundos teriam.
É evidente que o foco do vídeo é a característica física do modelo, naquilo que é uma dinâmica evolutiva, cada vez mais aperfeiçoada, de construir um ser fisionomicamente semelhante a um humano, capaz de replicar por vias motoras as capacidades e sensibilidades dos membros do corpo (as mãos e os dedos são talvez o aspecto mais impressionante na demonstração), para que este nos possa substituir nas mais variadas tarefas. As aplicações práticas, atendendo a versatilidade e adaptabilidade de uma "ferramenta" como esta, parecem infinitas.
As implicações a nível social e o futuro das mais diversas estruturas de "equilíbrios de poder", para o bem e para o mal, lançam-nos numa espiral de pensamentos, reflexões e dilemas de complexa resolução, sabendo-se que a linha do progresso não poderá ser no entanto impedida.
O modelo não está, de resto, completo sem a sua componente orientadora: o cérebro, o software, a IA que comanda a componente física, e que é outra área em que os avanços se têm vindo a acumular de forma exponencial nos últimos anos, como comprovam inúmeros modelos de linguagem disponíveis a qualquer pessoa na Internet. Os motores de pesquisa tenderão a tornar-se obsoletos, a condução autónoma está neste momento em testes em várias cidades no mundo, as ferramentas de auxílio no campo da medicina têm possibilitado ganhos de eficiência inimagináveis há uma década. Também no campo "artístico" a disrupção está a acontecer: em poucos segundos qualquer utilizador poderá, por exemplo, pedir para a IA gerar uma imagem lógica, altamente definida, a partir de um texto simples...
Para o bem, e para o mal...
Há muito do nosso imaginacação colectiva se encontra refém das imagens projectadas pelo imaginário de James Cameron no cinema, à conta da saga Terminator. Imagens como esta cativam-nos o pensamento fazendo-nos temer o pior. E quando a máquina decidir que não precisa de nós para nada?
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