Jean Gabin e Ida Lupino, em Moontide - Maré Alta (1942)
O elo entre o realismo poético francês, o expressionismo alemão e o film noir "americano" está nesta fita, que começou a ser rodada por Fritz Lang e terminou com Archie Mayo ao leme. Jean Gabin, figura central do cinema francês dos anos 30, participou em três filmes precursores do noir, aquilo que viria a ser o género temático dominante em Hollywood ao longo dos anos 40: Pépé le Moko (r. Julien Duvivier – 1937), La Bête Humaine – A Fera Humana (r. Jean Renoir 1938) e Le Quai Des Brumes - Cais das Brumas (Marcel Carné – 1938). A sua carreira na América estaria contudo votada ao fracasso, e Gabin ainda foi a tempo de se juntar às tropas francesas durante a 2ª Grande Guerra, combatendo no norte África as forças de Hitler. Regressou a Paris integrando a força militar aliada, durante o movimento de recuperação territorial da Europa, depois do dia D.
Em Moontide, Gabin interpreta uma personagem ambígua, a braços com um passado misterioso que ele próprio não consegue esclarecer. Como nos melhores noirs, um dia esse passado virá cobrar a sua dívida...
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