«A primeira vez que vi a cidade de Lisboa, pensei comigo, Esta terra é como uma madama que tem de ser engatada com muito jeito, Nada de pressas, Nada de deitar a mão antes do tempo, É preciso andar devagarinho, com o olho vivo, e não cheirar dos pés...» - in Os Verdes Anos, de Paulo Rocha
Trabalho de exposição/narração gráfica sobre a zona de comunhão entre a geometria urbana de traçado e rigor matemático e a ordem/desordem aleatória da natureza. Linhas, artérias, vectores, caminhos partilham um território sem fronteiras definidas - convivem numa paisagem orgânica eclética, em constante mutação, uma "selva de pedra". No ponto mais central desta teia nevrálgica, sulcos traçados e orientados pelo homem, com ajuda de maquinaria pesada, mas formados por terra, pó e calhaus, num esforço de imprevisível sustentação conjunta. No céu, as nuvens troçam do esforço humano construindo padrões repetitivos com aparente simplicidade. Um dia o homem quererá fazer delas também sua propriedade.
Equipamento utilizado: Canon 6D + Objectiva 24-105 1:4 L
Edição em Lightroom 5.2, a partir de ficheiros RAW
Fantásticas, claro!
ResponderEliminarViva, João,
ResponderEliminarAgradeço o comentário.
A paisagem estava cooperante desta vez, e não se mexeu muito. :-)
Monsanto ou Instituto Superior de Agronomia?
ResponderEliminarViva, Ricardo,
ResponderEliminarNão sei se esta zona ainda faz parte de Monsanto - fica numa das suas encostas, um pouco ao lado do ISA, perto de uma urbanização chamada "Bairro do Alvito". Antigamente havia no local uma falésia abrupta, encimada por umas zonas de vegetação densa; agora andaram a terraplanar aquilo, não sei ainda com que intenções. Deixaram de pé as árvores, e não sei mesmo se não terão plantado mais umas quantas, mas há ali uns espaços sem nada que estão mesmo a jeito para uns "empreendimentos comerciais com vista para o Tejo". Vamos ver...
Fica aqui: https://www.google.pt/maps/@38.713109,-9.1799677,357m/data=!3m1!1e3